sábado, 17 de setembro de 2011

Economia Brasileira



A economia do Brasil é a maior da América Latina e a décima do mundo, (medida pelo seu PIB PPC) com um PIB da ordem de 797 biliões (milhares de milhões) de dólares 2005, ano em que o PIB cresceu 2,3%. Desde 1994, primeiro ano do Plano Real, o país não obtém taxas de crescimento superiores a 5 por cento. Medindo a economia do Brasil pelo PNB PPC, a economia brasileira é a 14ª maior do mundo, com um PNB de 644,133 biliões de dólares em 2005.
A economia do país é bastante diversificada e abrange diversos tipos de actividade económica e industrial:
  • Indústria aeronáutica
  • Agricultura e Agroindústria
  • Indústria automotiva
  • Divisão Geoeconómica
  • Indústria electrónica
  • Extracção  
  • Indústria de transformação
  • Indústria têxtil
  • Mineração
  • Indústria petroquímica
  • Turismo
  • Serviços
  • Sistema Financeiro Brasileiro  

História

A economia brasileira viveu vários ciclos ao longo da História do Brasil. Em cada ciclo, um sector foi privilegiado em detrimento de outro e provocou sucessivas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira.

Industrialização

O chamado desenvolvimentismo (ou nacional-desenvolvimentismo) foi a corrente económica que prevaleceu nos anos 1950, do segundo governo de Getúlio Vargas até o Regime Militar, com especial ênfase na gestão de Juscelino Kubitschek.
Valendo-se de políticas económicas desenvolvimentistas desde a "Era Vargas", na década de 1930, o Brasil desenvolveu grande parte de sua infra-estrutura em pouco tempo e alcançou elevadas taxas de crescimento económico. Todavia, o governo manteve muitas vezes as suas contas em desequilíbrio, multiplicando a dívida externa e desencadeando uma grande onda inflacionária. O modelo de transporte adoptado foi o rodoviário, em detrimento de todos os demais (ferroviário, hidroviário, naval, aéreo).
Desde a década de 1970, o novo produto que impulsionou a economia de exportação foi a soja, introduzida a partir de sementes trazidas da Ásia e dos Estados Unidos. O modelo implementado para a plantação de soja foi a monocultura extensiva e mecanizada, provocando desemprego no campo e lucros altos para um novo sector chamado de "agronegócio". O crescimento da cultura da soja deu-se às custas da "expansão da fronteira agrícola" na direcção da Amazónia, o que por sua vez provocou a destruição das matas em larga escala. A crise da agricultura familiar e o desalojamento em massa de lavradores e o surgimento dos movimentos de sem-terra (MST, MTL, Via Campesina).
Entre 1969 e 1973, o Brasil viveu o chamado "Milagre Económico", quando um crescimento acelerado da indústria gerou empregos não-qualificados e ampliou a concentração de renda. Em paralelo, na política, o regime militar endureceu e a repressão à oposição (tanto institucional quanto revolucionária/subversiva) viveu o seu auge. A industrialização, no entanto, continuou concentrada no eixo Rio-São Paulo e atraiu para esta região uma imigração em massa das regiões mais pobres do país, principalmente o Sertão Nordestino.

Comércio exterior

Os maiores parceiros do Brasil no comércio exterior são a União Europeia, os Estados Unidos da América, o Mercosul e a República Popular da China.
O primeiro produto que moveu a economia do Brasil foi o açúcar, durante o período de colónia, seguindo pelo ouro na região de Minas Gerais. Já independente, um novo ciclo econômico surgiu, agora com o café. Esse momento foi fundamental para o desenvolvimento do Estado de São Paulo, que acabou por se tornar o mais rico do país.
Actualmente o país está entre os 20 maiores exportadores do mundo, com 137,6 biliões (em 2006) vendidos entre produtos e serviços a outros países. Mas com um crescimento vegetativo de dois dígitos ao ano desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em poucos anos a expectativa é que o Brasil esteja entre as principais plataformas de exportação do mundo.
O Brasil é visto pelo mundo como um país com muito potencial assim como a Índia, Rússia e China. A política externa adoptada pelo Brasil prioriza a aliança entre países sub-desenvolvidos para negociar com os países ricos.

Extracção

O primeiro ciclo económico do Brasil foi a extracção do pau-brasil, madeira avermelhada utilizada na tinturaria de tecidos na Europa e abundante em grande parte do litoral brasileiro na época dos Descobrimentos (do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Norte). Os portugueses instalaram feitorias e sesmarias e contratavam o trabalho de índios para o corte e carregamento da madeira por meio de um sistema de trocas conhecido como escambo. Além do pau-brasil, outras actividades relacionadas com a extracção predominaram nessa época, como a colecta de drogas do sertão na Amazónia.

Cana-de-açúcar

O segundo ciclo económico brasileiro foi a plantação de cana-de-açúcar, utilizada na Europa para a produção de açúcar em substituição à beterraba. O processo era centrado em torno do engenho composto por uma moagem de tracção animal (bois, jumentos) ou humana. A cultura de cana adoptou o latifúndio como estrutura fundiária e a monocultura como método agrícola, introduzindo o modo de produção esclavagista, baseado na importação e escravização de africanos. Esta actividade gerou um sector paralelo chamado de tráfico negreiro. A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, levando o povoamento do litoral para o interior.

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