sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Economia no Chile ( Marcos Raphael )


A economia chilena  (cuja moeda é o peso) é conhecida internacionalmente como uma das mais sólidas do continente. Durante o período militar (1973-1990), foi adotado o modelo neoliberal, que foi mantido pelos governos posteriores. Graças a uma sólida base institucional e a uma forte coesão parlamentar voltadas para a política econômica, o Chile manteve, durante a década de 90, um crescimento anual de 7% e, de 2000 a 2007, uma taxa de crescimento de 5%. 



Desde a década de 70, o Chile vem mantendo uma política de redução de tarifas e de eliminação de barreiras comerciais. Graças à política de livre comércio, o Chile assinou tratados com parceiros importantes, tais como: Nafta, União Européia, Mercosul, China, EFTA, P4, Índia, entre outros. O Chile é o país com maior número de tratados de livre comércio assinados com áreas econômicas que representam 90% da população mundial.

Apesar de ter um pouco mais de 16 milhões de habitantes, em 2007, a economia do Chile foi a quinta maior da América Latina, se PIB chegou aos 175 bilhões de dólares e sua renda per capita foi de 9.870 dólares (o maior da América Latina). Ainda em 2007, O PIB cresceu 5,1%, a inflação foi de 7,8% e o desemprego foi de 7,8%.

A economia chilena caracteriza-se por ser aberta (voltada para a exportação), estava nos planos do Chile transformar-se, até 2010, em um dos 15 maiores provedores de alimentos do mundo. Hoje, porém, o Chile exporta 45% de produtos minerais (35% do cobre utilizado no mundo, molibdênio, prata e ouro), 45% de produtos industriais e agroindustriais (metanol, celulose, madeira, salmão e vinho de qualidade internacionalmente reconhecida) e os 10% restantes são de produtos agrícolas (frutas e hortaliças). Em 2006 as exportações chilenas somaram 58 bilhões de dólares. O Chile importa máquinas, vestuário e derivados de petróleo.

O crescimento econômico do Chile, nas últimas décadas, melhorou alguns aspectos sociais, a expectativa de vida  aumentou (74 anos para os homens e 80 para as mulheres), analfabetismo de 3%, taxa de mortalidade infantil de 7,8/1000 (nível de países desenvolvidos) e redução da pobreza de 45,1% (1987) para 13,7% (2006), foi o primeiro país latino americano a atingir e superar as metas de redução de pobreza para este milênio.

O Chile, no entanto, é um país que apresenta uma péssima distribuição de renda, fato que causa uma grande diferença entre ricos e pobres. Em 2005, segundo o Banco Mundial, o Chile estava no 80º lugar da lista de países desenvolvidos (desempenho inferior ao de países africanos mais pobres, como a Nigéria, por exemplo), apesar de ser o 37º em relação ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

A energia é outro problema no Chile, que produz apenas 4.000 dos 228.000 barris de petróleo que consome diariamente. O gás consumido no país é quase todo importado da Argentina e a energia elétrica, produzida por hidrelétricas (54%) e termoelétricas (46%) está operando no limite.

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