quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cultura do Peru


Cultura do Peru


Arte e Cultura do Peru
ANTES DA COLÔNIA

O Horizonte Chavín, considerado como o início da Alta Cultura no Peru, distinguiu-se pela edificação de centros de poder em volta à impresionantes templos. O mais saliente é o que encontra-se em Chavín de Huantar, no região de Ancash. Nele destaca-se o templo O Castelo, de imponentes muros de pedra, enfeitado com formas de cabeças humanas e onças. Salientam, também, a sua escultura, os relevos, a cerâmica e os trabalhos de ourivesaria em ouro, os mais antigos de toda América. Por outro lado, os Paracas distinguiram-se pelos belos e elaborados tecidos, e pelos trabalhos em cerâmica, considerados entre os mais belos da América pré-colombiana.

Os chimúes, que possuiam uma organização social bem desenvolvida e coesa, destacaram-se pelos excelentes trabalhos de arquitetura, cerâmica, tecidos e metalúrgica, assim como pela construção de terraços para o cultivo e pelo particular traçado das urbanizações. Os trabalhos em cerâmica realizados com molde salientam-se pela riqueza de formas, enquanto os tecidos mostram um alto grau de técnica. Copos de prata e ouro, diversa joalheria e instrumentos em cobre são o mais salientados da ourivesaria chimú.

Foram os incas quem sobressairam pelas construções arquitetônicas. Precisa-se esclarecer que os incas herdaram muitos dos marcos culturais dos chimúes, a quem dominaram no ano de 1470. O material mais utilizado pelos incas nas construções foi a pedra: sem talhar para as moradas, ciclopea para templos e fortalezas, com formas geométricas e polidas nas construções urbanísticas. As moradas incas possuiam um desenho de planta quadrada com um pátio central no que davam todos os quartos. Entre os templos mais destacados encontra-se o Coricancha ou Templo do Sol, em Cusco. Os incas, também, fizeram grandes fortalezas em pontos estratégicos do império, como a fortaleza de Sacsahuaman, desde a que dominavam as vias de comunicação, quer dizer, os famosos caminhos incas. Construiram numerosas rotas, entre as que destacam a rota que segue a costa do Pacífico e que percorria os vales e planaltos dos Andes, ligando estas duas rotas por caminhos perpendiculares.
O PERÍODO COLONIAL

Durante a época colonial prevaleceram os estilos arquitetônicos hispânicos, especialmente os renascentistas e barrocos com uma clara aportação indígena, dando por resultado uma arquitetura muito definida e especial. Nas zonas costeiras utilizaram-se materiais como o tijolo e adobe, dada a frequência dos tremores. Predomiaram os desenhos de construções muito baixas, fachadas largas, torres robustas e bóvedas de creceria gótica, permitindo uma maior elasticidade nas estruturas. Nas zonas de montanha a pedra, graças a sua abundância, foi o material mais utilizado. Nos desenhos, predominaram as altas e estreitas, ricamente trabalhadas, tradição herdada dos antigos incas, especialistas no talhado em pedra. As esculturas para a decoração das edificações, durante este período (séculos XVI à XVIII) procediam a maioria da Espanha.

Por outro lado, destacam os belos trabalhos de madeira policromada como altares, cadeiras e púlpitos de artistas anônimos, assim como, os trabalhos da Escola Cusquenha, onde percebe-se claramente a mestiçagem entre a influência espanhola e indígena.

Durante o século XIX a arquitetura peruana sofreu duas correntes antagonicas. Por um lado, a influência da Europa, especialmente os desenhos franceses que plasmou-se nas construções de carácter civil e pelo outro, a influência mestiça, de desenhos hispânico-indígenas que prevaleceu sobretudo nas moradias.

Durante o século XX a arquitetura do Peru foi influenciada, no primeiro momento, pelos desenhos modernistas, presentes em quase o mundo todo, até que, nos anos recentes, surgiram as propostas nativas que harmonizam a forma com a função.

Fonte: www.rumbo.com.br

Cultura do Peru




O POVO E A CULTURA

A arte antes da colonização espanhola se concentrava quase exclusivamente na produção de uma bela cerâmica, trabalho com metais, trabalho em pedras e tecidos. Posteriormente, os espanhóis introduziram uma versão própria de planejamento urbano, com cidades dispostas como um tabuleiro de xadrez, com mansões, igrejas e monastérios que imitavam as construções do renascimento espanhol ou o barroco espanhol do período inicial. Com o passar do tempo, estes estilos europeus crescentemente passaram a mostrar sinais de influência indígena do local, levando a um estilo conhecido como mestiço. Os melhores exemplos de arquitetura mestiça podem ser encontrados nas igrejas espalhadas em Puno e Arequipa. A pintura também imitava as influências européias, mas conforme os artistas locais adquiriam confiança, um novo estilo de Cusco, distinto, foi desenvolvido, no qual os artistas buscavam escapar do mundo real, se concentrando em fábulas e contos de fadas. A influência destes trabalhos no artista Paul Gauguin, que passou a infância em Lima, é notável.

A música peruana é quase exclusivamente tradicional, enquanto que a literatura engloba tudo, desde polêmicas inspiradas na independência até o individualismo anárquico de seus muitos poetas e os devaneios infantis do renomado autor conhecido internacionalmente Mario Vargas Llosa.

A principal religião é o catolicismo romano, entretanto os índios, apesar de exteriormente católicos, freqüentemente sincretizam catolicismo com crenças tradicionais. Espanhol é a língua principal, mas nos planaltos, a maioria dos índios é bilíngüe, falando quíchua como língua materna. Há aproximadamente setenta idiomas e, em partes remotas da Amazônia, raramente é falado o espanhol. A língua inglesa é compreendida nos principais hotéis e nas áreas turísticas.

Os pratos peruanos típicos são deliciosos e variam regionalmente. Os frutos do mar são, compreensivelmente, melhores nas regiões costeiras, enquanto que o sabor inca - porquinho da índia assado - pode ser provado nos planaltos. Outros pratos incluem: lomo saltado (pedaços de bife fritos com cebolas); cebiche de corvina (peixe branco do mar temperado em limão, pimenta vermelha e cebolas, normalmente servido frio com batata cozida ou inhame); e sopa um criolla de la (uma sopa de macarrão ligeiramente temperada com carne de boi, ovo, leite e legumes).

Fonte: www.dosmanosperu.com


Cultura do Peru

Desde o período pré-colombiano o Peru foi o centro de várias civilizações de povos americanos pré-incaicos tais como a cultura Chavín, Moche, Nazca, Paracas, Huari e Tiahuanaco, além do amálgama posterior sob o Tawantinsuyu ou império Inca, que terminou com a conquista espanhola, cuja influência cultural marca e domina o Peru até hoje.

Marinera nortista, a dança mais representativa no Peru.

As culturas pré-colombianas desenvolveram-se notavelmente em ramos próprios e originais, embora com recíprocas interações, cada uma contribuindo e legando à outra grandes realizações sociais, tais como atestadas pela notável arquitetura, com excelente cerâmica, fina ourivesaria, escultura e construção monumental.

Um tipo de arma peruana (lançadeira), feita de pêlos de alpaca.Foi magnífico o desenvolvimento dessa região na agricultura, desde muito cedo, com a utilização de engenhosas obras de irrigação, campos de cultivo em terraços e em especial a manutenção e desenvolvimento de várias espécies vegetais de grande valor alimentar, depois espalhadas por todo o mundo (como é o caso do tomate, das batatas e da coca).


Um tipo de arma peruana (lançadeira), feita de pêlos de alpaca.

Os incas adonaram-se desse caldo cultural, não apenas o mantendo mas o incrementando e disseminando pela vasta região andina da América do Sul, tornando-se grandes construtores. A conhecida cidade montanhesa de Machu Picchu e os edifícios de Cuzco são o exemplos de sua excelência arquitetônica.

Depois da independência, o Peru atravessou várias fases desde a cultura hispânica colonial até o Romantismo europeu, com um movimento cultural nos princípios do século XX que resgatou o " indigenismo", similar ao ocorrido no Brasil, que expressava nova consciência da cultura índia ancestral.


Ceviche, o mais típico prato peruano: marinada de peixe e frutos do mar.

Desde a Segunda Guerra Mundial, escritores peruanos, artistas, e intelectuais como Cesar Vallejo e Jose Maria Arguedas participam dos movimentos artísticos e intelectuais mundiais, conquanto já inseridas as influências norte-americanas e européias modernas. Atualmente os mais conhecidos são, entre outros, Mario Vargas Llosa, Alfredo Bryce Echenique, Julio Ramón Ribeyro e Santiago Roncagliolo.



A zampoña é um instrumento de sopro do Peru, muito usado por músicos andinos.


Fonte: pt.wikipedia.org

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